Qual o efeito do VIAGRA no organismo?
Viagra, nome mais conhecido do citrato de sildenafila, é um composto químico indicado para tratar disfunção erétil, que é basicamente é incapacidade de obter ou manter uma ereção peniana. Esse é um problema bastante comum que interfere diretamente na qualidade de vida de homens, especialmente após os 50 anos de idade.
O viagra age aumentando o fluxo de sangue dentro do pênis, especialmente nos bulbos esponjosos e bulbos cavernosos, que são como pequenos canais que quando irrigados tornam o órgão mais ereto. É importante frisar, no entanto, que esse efeito de aumento do fluxo é global, ou seja, não ocorre somente no pênis, mas também no corpo todo, porém, com uma menor intensidade, se comparado ao órgão genital.
Como foi descoberto o viagra
O viagra foi descoberto quase que por acaso, quando os cientistas observaram um efeito colateral um tanto quanto atípico com um grupo de pacientes que estavam sendo tratados com citrato de sildenafila no tratamento de hipertensão pulmonar. Diversos pacientes relataram o efeito “incômodo” que não havia sido previsto pela fabricante do produto, que foi patenteado pelo Pfizer, após o relato, o laboratório decidiu investigar mais a fundo o que estava acontecendo e mais adiante surgiu, com o mesmo composto químico, numa dosagem diferente um comprimido para tratar disfunção erétil.
O viagra tem ação relativamente rápida, começando a surtir efeito após cerca de 15 a 20 minutos da ingestão, e seu efeito pode demorar por até 16 horas, dependendo das condições da pessoa que está ingerindo.
Faz mal tomar viagra?
Por ter uma ação aparentemente simples, o “azulzinho” como é conhecido por muitos, acaba sendo muito utilizado indiscriminadamente, o que configura um grave problema de saúde pública, já que essa, como qualquer outra medicação, requer prescrição médica para que seja vendida e consumida.
A dose é individual, varia de pessoa para pessoa e de caso a caso, levando em consideração fatores como a idade, o grau de disfunção, a frequência do uso, antecedentes pessoais patológicos, o uso associado ou não com outras drogas e até mesmo o histórico familiar de doenças que possam ser desencadeadas como efeito colateral do uso contínuo do viagra. É importante também que haja sobretudo a educação do paciente sobre como e quando tomar esse tipo de medicação, afim de evitar superdosagens ou subdose que causem transtornos a vida do paciente.
Toda medicação possui um potencial efeito nocivo se for consumida sem prescrição médica, e com o viagra isso não é diferente. É importante, sobretudo que o paciente que irá fazer uso esteja atento às contraindicações disponíveis na bula da medicação, que são:
- O viagra NÃO deve ser utilizado por pacientes que façam uso de outra medicação que contenha em sua composição OXÍDIDO NÍTRICO, NITRATOS ORGANICOS OU INORGÂNICOS, isso porque essas substâncias reagem em conjunto com o citrato de sildenafila e podem causar efeitos colaterais indesejados aos pacientes, podendo ser perigoso por causar queda súbita da pressão arterial sistêmica (hipotensão sintomática).
- O viagra NÃO deve ser consumido por mulheres.
- É contraindicado para menores de 18 anos.
- É contraindicado para pessoas que possuam hipersensibilidade ao citrato de sildenafila ou a algum outro componente da fórmula.
- Deve ser usado com extrema cautela em portadores de doenças renais graves e insuficiência hepática. Informe ao médico caso você possua algum histórico de doenças nos rins ou fígado.
- Problemas cardíacos precisarão ser informados ao médico responsável.
Cuidados durante o tratamento
Esse medicamento deve ser ingerido com água, em sua totalidade, ou seja, não poderá ser partido ou mastigado. Durante o uso, é comum que os usuários relatem o aumento da frequência cardíaca (sensação de coração acelerado), isso ocorre porque haverá de fato o aumento da pressão sanguínea dentro dos vasos, o que fará o coração bater mais forte. Isso poderá representar um fator de risco para o surgimento de ataques cardíacos, por isso, o médico pode solicitar um exame de análise da função cardiovascular.
Caso você sinta sintomas como: dor de cabeça, vista embaçada, tontura, refluxo gástrico, ondas de calor, sangramento ou congestão nasal, um médico deverá ser consultado.
O que dizem os estudos científicos sobre o efeito do viagra?
Diversas pesquisas foram feitas desde a descoberta da medicação até sua comercialização como opção de tratamento para disfunção erétil (DE), os estudos mais confiáveis incluem o monitoramento de um grupo de indivíduos que fizeram uso do citrato de sildenafila em comparação a um grupo controle, que fez uso de uma medicação placebo.
Os dados obtidos revelam que citrato de sildenafila trouxe melhoras significativas no tratamento de disfunções eréteis, quando comparados ao grupo controle, ou seja, houveram melhoras nas taxas de sucesso e eficácia da função erétil necessária para realização de uma relação sexual satisfatória ao grupo tratamento, que estava em uso da pílula do viagra.
Dessa forma, é certo afirmar que o comprimido azulzinho é uma opção válida para tratamento de disfunção erétil e que seu efeito é satisfatório e eficaz durante o uso. Esse uso, no entanto, deve ser prescrito e monitorado, pois, como qualquer medicamento, podem haver efeitos colaterais adversos e até mesmo imprevistos que podem trazer danos à saúde do paciente, principalmente se este estiver tomando sem as devidas orientações.